Manga com leite

12/03/24

Ao meu querido Brasil.

      Vamos discutir sobre nossa entidade jurídica, o Brasil. 

E se eu o situasse em um contexto onde a ficção me concede liberdade para escrever.

O Brasil, uma entidade jurídica.

Imediatamente, seria questionado, como algo desumano. Ao retratar o Brasil como uma entidade jurídica, apenas relegada a obrigações mínimas e realizando tarefas básicas.

Assumindo a forma de uma entidade jurídica, com um endereço fixo, sinto-me inclinado a considerar abandoná-la pela falta de apego.

Às vezes me pego pensando que o Brasil é como uma pessoa física. Repleto de sonhos, muitas vezes maltratado e frequentemente enganado, sendo levado de volta aos confins da sua entidade jurídica.

É como se estivéssemos judicializando sua existência por completo. E não é raro encontrar pessoas que vão aos cartórios reivindicando a paternidade sobre ele.

Sinto-me tolo, desiludido e, por vezes, até enfurecido por amar uma figura que é mais uma ficção do que uma realidade, uma entidade jurídica.

É como se estivéssemos tentando extrair a alma e tudo que foi combinado em sua construção.

Tornando-a apenas mais uma atribuição do que uma verdadeira nação.

E por que as coisas não funcionam?

Às vezes, tenho a impressão de que estamos regredindo, outras vezes, parece que estamos estagnados.

Sinto-me frustrado.

Dá vontade de tomar uma !

Então, decido me relacionar afetivamente com a pessoa física. O Brasil cheio de vontade, de força, de vigor, mas que parece sofrer com a escassez e, por vezes, com a falta de confiança externa.

É como um gigante que enfrenta a inanição.

Ele chora, ele ri, ele se levanta, ele insiste.

Às vezes me pego questionando se minha ilusão é apenas um devaneio.

A melhor forma de lavar roupa na beira do rio ipiranga.

Qual cartório dominante?

Quem se apropriou de você?

E te tornou apenas uma ficção?

E assim me tomaram o prazer de te defender .

Se apropriaram.

Brasil é uma ficção ?

Um complemento cartorizado ?

Cada um declara defender os mais vulneráveis, mas acabam cartorizando ( desculpe Aurélio ) os seus mandatos.

• Me diga o seu nome antes de me beijar !

E de posse dessa ficção de Nação na beira do rio, me desilude.

O Brasil tem a alma Jurídica ?

Uma religião dos partidos .

A democracia deve sofrer dos nervos no meu País.

Amigo de todos, mas negligente consigo mesmo, será que se preocupa apenas com os cartórios e domínios em seu nome ?

Será que perdemos a alma da pessoa física ?

Certa vez, o então ministro das Comunicações ( Sérgio Motta ) decidiu dar voz à pessoa jurídica de norte a sul. A telefonia seria acessível.

A dentadura passaria a ser um item essencial dos cuidados com a saúde se alimentando do ovo ao frango, assim o Ministro da Fazenda ( Fernando H. Cardoso ), deu o passo crucial para colocar a pessoa jurídica de pé através do novo pacto econômico da moeda Real.

Uma assistente social ( Luiza Erundina ) assumiu a prefeitura de São Paulo e confrontou vigorosamente o sistema educacional, contando com o apoio do renomado educador, o primeiro MC na capital ( Mário Cortella), conhecido por suas ponderações finais com um "humm", reflexivo. Até hoje, os professores lembram com carinho desse período produtivo de suas evoluções e reconhecimento.

Com seu scarpin afundado no barro e uma determinação incomparável, a então prefeita ( Marta mãe do Supla e apresentadora da TV mulher ) da cidade de São Paulo enfrentou literalmente a lama, lutando contra o conluio da gangue dos transportes na cidade. Quebrando o sistema arraigado, e em seguida ela estabeleceu o primeiro sistema educacional amplo na educação de base na capital.

Quando as mãos do brasileiro tremiam de nervoso no balcão, ao pagar pelo tratamento caro na farmácia, o Ministro da Saúde ( José Serra ) entra na batalha contra os grandes laboratórios. Parece que a pessoa jurídica fala, tem dentadura, tem remédio e tem coragem. No entanto, ainda precisa de educação.

Quando o novo Ministro da Educação ( Fernando Haddad ) propõe um plano revolucionário para o acesso à educação superior no Brasil, fica claro que a transformação foi necessária. Agora, sem ser menos importante, sem os recursos distribuídos durante a pandemia e sem uma gestão econômica resiliente do Ministro da Fazenda ( Paulo Guedes ), seria extremamente difícil enfrentar os desafios se o governo fechasse os olhos.

Às vezes à direita, às vezes à esquerda, às vezes no centro, a pessoa jurídica e a pessoa física se entrelaçam em uma complexa dança de papéis e responsabilidades.

Será que esquecemos como fazer política ?

E quando Jurídico transformam em cabo de guerra, como se pudessem fracionar a pessoa Jurídica em pequenos fragmentos ?

Não temos um plano contínuo de Nação ?

Temos fragmentos ???

Estamos buscando o quê, realmente?

Temos um sistema previdenciário robusto ?

Onde pessoas morrem todos os dias espalhadas pelo chão.

Onde as indenizações, pensões, e aposentadoria prematura, mais o sistema carcerário consomem os nossos recursos ?

O colapso do sistema previdenciário ?

Daqui a pouco vamos recalcular o tempo de contribuição da aposentadoria, pois o sistema da violência, descontrole e descaso, consomem os nossos recursos.

Será que esquecemos como colocar ordem ? Envolver todos os poderes ?

Será que estamos apenas enfeitando palavras, defendendo algo que não se sustenta na prática?

Sabe que às vezes me sinto desiludido e penso sobre o encanto do álcool.

Penso no filósofo alcolino 40 % : O álcool, antes de te derrubar, ele te humilha. 

E o que é dignidade mesmo ?!

• Atenção produção: Põe mais alvejante nessa roupa.

Há gente, faz as relações públicas do brasileiro.

• Posso confiar ? Tem compromisso ?

• Tem ! E você não sabe, como o brasileiro é resiliente.

O que faremos ?

Vou dizer o que vai acontecer : A onda vai para um lado, e logo irá voltar com força para o outro lado.

Vamos todos para o movimento conveniente sem fazer as mudanças importantes na nossa Nação ?

Parece que regredimos, voltando há muitos anos atrás.

Perdemos a capacidade de gestão coletiva ?

De gerência participativa ?

Sei que sempre surgem os visionários que oferecem soluções mágicas, sem dimensionar a aplicação, mas quero deixar minha contribuição:

Podem misturar manga com leite, não faz mal.

Nessa longa estrada da vida ...

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To Brazil:

Let's talk about our legal entity, Brazil. What if I were to place it in a context where fiction grants me the freedom to write? Brazil, a legal entity.

 Immediately, it would be questioned, deemed inhumane. Portraying Brazil as a legal entity, merely relegated to minimal obligations and carrying out basic tasks. 

Assuming the form of a legal entity, with a fixed address, I feel inclined to consider abandoning it due to the lack of attachment.

Sometimes I find myself thinking that Brazil is like a human being. Full of dreams, often mistreated and frequently deceived, being led back to the depths of its legal entity. 

It's as if we're litigating its existence entirely. And it's not uncommon to find people going to the registry offices claiming paternity over it. I feel foolish, disillusioned, and at times, even enraged for loving a figure that is more fiction than reality, a legal entity. 

It's as if we're trying to extract the soul and everything that was agreed upon in its construction.

Turning it into just another assignment rather than a true nation. And why aren't things working? Sometimes, I get the impression that we're regressing, other times, it seems we're stagnating. I feel frustrated.

It makes me want to have a drink!

So, I decide to emotionally engage with the physical person. Brazil, full of will, strength, vigor, but seemingly suffering from scarcity and, at times, from external distrust. 

It's like a giant facing starvation. It cries, it laughs, it rises, it persists. Sometimes I wonder if my illusion is just a daydream.

The best way to do laundry by the Ipiranga river.

Which registry office dominates? Who has taken possession of you? And turned you into just fiction?

And so they took away the pleasure of defending you. They seized it.

Is Brazil just fiction? A notarized complement?

Everyone claims to defend the most vulnerable, yet they end up bureaucratizing their mandates.

Tell me your name before you kiss me!

And with this nation's fiction by the riverside, it disappoints me. Does Brazil have a legal soul? A religion of political parties. Democracy must be on edge in my country.

Friend to all, yet negligent of itself. Is it concerned only with the registries and domains in its name? Have we lost the soul of the physical person?

Once, the then Minister of Communications (Sérgio Motta) decided to give voice to the legal entity from north to south. Telephony would be accessible.

 Dentures would become an essential item for health, feeding on eggs and chicken, thus the Minister of Finance (Fernando H. Cardoso) took the crucial step to put the legal entity on its feet through the new economic pact of the Real currency. 

A social worker (Luiza Erundina) took over as mayor of São Paulo and vigorously confronted the educational system, with the support of the renowned educator, the first MC in the capital (Mário Cortella), known for his reflective final ponderings with a "humm." Until today, teachers fondly remember this productive period of evolution and recognition.

With her scarpin sunk in the mud and unparalleled determination, the then mayor (Marta, mother of Supla and TV host of Women's TV) of São Paulo literally faced the mud, fighting against the transportation gang's collusion in the city. Breaking the entrenched system, she then established the first comprehensive educational system in basic education in the capital. 

When Brazilians' hands trembled nervously at the counter, paying for expensive treatment at the pharmacy, the Minister of Health (José Serra) entered the battle against the big pharmaceutical companies. It seems that the legal entity speaks, has dentures, has medicine, and has courage. However, it still needs education.

When the new Minister of Education (Fernando Haddad) proposed a revolutionary plan for access to higher education in Brazil, it became clear that transformation was necessary. 

Now, not least, without the resources distributed during the pandemic and without a resilient economic management by the Minister of Finance (Paulo Guedes), it would be extremely difficult to face the challenges if the government turned a blind eye.

Sometimes on the right, sometimes on the left, sometimes in the center, the legal entity and the physical person intertwine in a complex dance of roles and responsibilities.

Have we forgotten how to do politics?

And when legal entities turn into a tug of war, as if they could fragment the legal entity into small pieces? Don't we have a continuous plan for the nation? Do we have fragments? What are we really seeking?

Do we have a robust social security system? Where people die every day scattered on the ground. 

Where compensations, pensions, premature retirements, and the prison system consume our resources. Is the collapse of the social security system imminent? 

Soon we will recalculate the retirement contribution time because the violence, lack of control, and neglect consume our resources. 

Have we forgotten how to impose order? 

Involve all powers? 

Are we just embellishing words, defending something that doesn't hold up in practice?

You know, sometimes I feel disillusioned and think about the charm of alcohol. I think about the philosopher-alcoholic 40%: Alcohol, before it knocks you down, it humiliates you. And what is dignity again?!

Attention production: Put more bleach on this clothes.

There are people who do the public relations of Brazilians. Can I trust? Are they committed? They are! And you don't know how resilient Brazilians are. What will we do? I'll tell you what will happen: The wave will go one way, and soon it will come back with force to the other side.

Are we all going for the convenient movement without making important changes in our nation? 

It seems like we're regressing, going back many years. Have we lost the ability of collective management? Participatory management? 

I know that there are always visionaries who offer magical solutions, without assessing their application, but I want to make my contribution: 

You can mix mango with milk, it's not harmful.